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09 fevereiro 2017

Coisas que não esquecem...

...por mais anos que passem sobre nós.
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Ainda guardo em casa, as cadernetas das turmas que regi durante uma vida inteira...
E um dia decidi digitalizar todos estes alunos e fiz, com eles, uma "obra exemplar" que fui publicando neste blogue... Decorridos uns anos, passei a encontrar por tudo quanto
 é "google",  páginas e mais páginas desta obra que me divertiu a organizar.
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O "apontamento" que hoje publico faz-me lembrar esses tempos antigos e baseia-se numa mensagem que me foi enviada por uma aluna que eu nunca mais vi desde então.


A página publicada em 29 de Setembro de 2009
que deu origem à mensagem que recebi da minha aluna
Rita Brites Silvério
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Prof. João Matos

Recebi de um colega de outra turma do LNBarreiro, um email "Olha o que eu descobri", contendo o endereço do seu blog e acabei em viagem-regresso ao passado-Liceu Nacional do Barreiro-1974/75.
Essas fotos estão o máximo!!!!! Obrigada pela ideia de as publicar.

Quase morri a rir só de olhar para o meu corte de cabelo “à garçon” e aquela golinha alta da blusa!!!! Uma coisa única!!!!! Blusinha preta e, aposto, calças vermelhas!!! Sim, que aqueles eram os tempos de vermelho e negro no LNBarreiro.

Observo cada um dos colegas e vejo que o único que consigo localizar é o António Pincho que é chefe de repartição de finanças e trabalha aqui, "ao lado", na ilha de Santa Maria. Eu estou em S. Miguel - Açores- e mal vi as fotos, corri logo a ligar-lhe e a enviar o endereço do seu blog. Estivemos a comentar “em directo e simultâneo” a doce inocência daquelas carinhas larocas e a especular sobre o que fará cada uma das criaturinhas neste tempo actual. Parecia que estávamos a ver um dos episódios da série da RTP1, "Conta-me como foi".
Por coincidência, o António Pincho faz hoje 49 anos e ficou felicíssimo com este presente de aniversário.
Disse-lhe que iria escrever ao professor João Matos a agradecer por me ter ouvido e feito a vontade, omitindo o meu primeiro nome, certamente porque lhe disse, logo no dia de apresentação, que eliminasse o “Antónia”, pois não gostava nada daquele nome e nem sequer admitia que o deixasse na caderneta. O prof. aceitou a minha reivindicação, certamente atendendo ao contexto revolucionário da época e do local. Apesar de tudo, a exigência tinha a sua importância!!! Um nome é um nome, caramba! E custa carregar com uma "coisa" que não nos diz nada!!!O prof. deve entender do que falo. Afinal, também prefere ser João de Castelo Branco, transportando, assim, a terra onde nasceu. O facto, é que ainda hoje, sempre que posso, elimino o "Antónia" mas agora, posso demonstrar, graças a si, que já naquele tempo, só me chamava Rita, ainda que estivesse inserida no meio de uma turma onde todos os nomes começavam pela letra "A".

Um beijinho
Rita

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NB - Por vezes dou comigo a ler e a relembrar "coisas" do passado... Desta vez surgiu um texto escrito, há já um bom par de anos, por uma aluna minha, no Liceu Nacinal do Barreiro, no ano lectivo de 1974/75; frequentava o antigo 3ºano, do 2ºCiclo do curso Liceal.
E lembro-me perfeitamente dessa jovem aluna que não queria que a tratássemos pelo seu primeiro nome...  Fiz-lhe a vontade!... Nem na caderneta escolar escrevi o nome Antónia, na verdade, o seu primeiro nome. E fiquei a conhecê-la apenas por Rita...

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