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15 dezembro 2013

Hoje, no "i"...

... algumas "Opiniões" a ter em conta.
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A primeira é de Isabel Stilwell que aparece com o título
"Viciados em telemóveis inteligentes".
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Isabel Sitlwell
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Não precisamos de ser estúpidos para nos viciarmos em telemóveis inteligentes. O Downside quer reabilitar-nos. A tempo do Natal.
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Case Study - Dou por mim a acordar e a estender a mão para o telemóvel. Dou por mim, num gesto automático, a clicar no Facebook para ver se há algum comentário novo. Entro no comboio e, em lugar de observar os outros passageiros, e de ir ouvindo e entrando nas suas conversas - uma fonte constante de inspiração e divertimento -, vou verificar se alguém me mandou um novo mail. E há dias em que a viagem acaba sem que saiba se chove ou faz sol - dúvida que, diga-se de passagem, já vi gente mais doente do que eu a resolver abrindo uma aplicação de meteorologia, em vez de olhar lá para fora. Quando sou obrigada a separar-me do objecto, sinto um nervoso miudinho do estilo, "E se alguém me mandou um sms a dizer que o mundo acabou e eu não vi?"
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Diagnóstico - Zach Mainen, que dirige o programa de Neurociência da Fundação Champalimaud, em entrevista ao "Expresso" chamou a atenção para como o nosso cérebro se vicia rapidamente em recompensas. E uma mensagem de alguém de quem gostamos ou um comentário positivo no Facebook é uma recompensa. Funcionam como pequenas doses de droga, explicou. Mas o mais curioso é que, se o prémio lá estivesse sempre, cansávamo- -nos rapidamente do jogo, porque o que nos torna dependentes é o facto de só às vezes conseguirmos ganhar. Mainen diz: "A forma de fazer alguém repetir um comportamento é torná-lo aleatório.
Se acontece de vez em quando, isso parece tornar o cérebro mais ávido." Não é, no entanto, uma inevitabilidade, acrescenta, já que podemos fazer escolhas.
 
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Nota final - Se está em reabilitação, tenha cuidado com o tédio. Recomenda-se que evite, por exemplo, comentadores a darem palpites sobre o Tribunal Constitucional!

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