Páginas

17 dezembro 2012

Ele está a perder o controlo...


…da máquina. Ele, Paulo Macedo!
"Há doentes em circunstâncias absolutamente inaceitáveis"

Paulo Macedo, o ministro da Saúde. 

Foi no Editorial do “i”, no dia 14 de Dezembro, que li o
Artigo de Eduardo Oliveira e Silva, director daquele jornal.
.
Respigo apenas alguns parágrafos:

“Durante um tempo, o ministro da Saúde ainda iludiu falando de mansinho de nacionalização e de mais umas quantas medidas que os portugueses todos, e até os doentes com patologias mais graves, chegaram a aceitar.
Agora não. O ministro deixou de se preocupar e entregou os que padecem de doenças mais pesadas ou crónicas a decisões que às vezes parecem actos de tortura travestidos de racionalidade de gestão. Não são nem caridade nem solidariedade. Mais parecem desprezo por quem sofre.
Quer-se poupar? Então poupe-se mesmo. Poupe-se numa mão cheia de exames inúteis que se manda fazer sempre que um cidadão vai a um hospital sem sintomas graves.
Poupe-se pondo os centros de saúde a funcionar. Poupe-se deixando os Hospitais comprar os medicamentos de que precisam e acabando com macronegócios que saem mais caros e tiram eficácia ao sistema. Há casos de compras directas hospitalares que custam menos 12% que por via da centralização. Sabe-se isso, mas ignora-se. A experiência demonstra já a existência desse erro colossal.
Um senhor etíope que é uma espécie de ministro tutor sobrepôs-se a Macedo para lhe dar uma chazada e dizer que Portugal pode ter um grande sistema de saúde mas tem de o poder pagar
É uma verdade de La Palisse mas é uma repreensão. Mais uma!
(…)
Devíamos portanto gastar mais e gastar melhor, mas isso poupando no supérfluo e não no essencial, que impede que se façam operações, que sejam mudados sistematicamente tratamentos, com sofrimentos que nem em bichos de laboratório se admitem.
Se Paulo Macedo não for capaz, tem (é caso para dizer) um bom remédio. Demitir-se, antes que a ideia de competência, honestidade e integridade que ainda lhe vai estando associada caia por terra de vez. Ainda vai a tempo, mas já não tem muito.

Sem comentários: