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03 outubro 2010

Uma medida sub-reptícia...

Medicamentos sem preço marcado.
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A ANF tomou posição sobre esta matéria.

Dr.João Cordeiro, Presidente da ANF

"O Ministério da Saúde prepara-se para publicar nos próximos dias um diploma legal que elimina das embalagens dos medicamentos a indicação dos respectivos preços.
Se essa medida entrar em vigor, os utentes deixam de ter ao seu dispor na embalagem o preço do medicamento.
A eliminação do preço das embalagens tem uma consequência evidente: torna impossível ou mais difícil aos utentes a comparação dos preços dos medicamentos.
A concorrência entre os laboratórios será menor e a opção dos doentes por medicamentos mais baratos será mais difícil.
É uma medida inesperada, que nunca foi apresentada publicamente, sobre a qual nunca nos foi apresentada qualquer proposta ou pedido de parecer e que não foi até hoje objecto de qualquer discussão com o sector, apesar da profunda alteração que terá no relacionamento entre as farmácias e os utentes.
O Comunicado do Conselho de Ministros qua aprovou recentemente medidas de política do medicamento para controlo orçamental da despesa do SNS, não faz qualquer referência a esta medida.
Aparece assim, de surpresa, sem se saber quem a reclamou(?!...*) e que razões levaram o Ministério da Saúde a aceitar de forma tão sigilosa uma medida desta dimensão.
Os prejudicados são os Portugueses.

SrªDrªAna Jorge, onde está a transparência?!...

A ANF e as farmácias discordam frontalmente desta decisão.
Enquanto os sectores da actividade económica em geral são obrigados a afixar preços, por razões de transparência com os consumidores e para estimular a concorrência, nos medicamentos os preços vão ser escondidos dos utentes.
É importante que o Ministério da Saúde esclareça a opinião pública sobre as razões que justificam a medida.
Mas, acima de tudo, é importante que suspenda a alteração e ouça não apenas aqueles que a desejam mas também aqueles que dela discordam."

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Esta é uma “notícia/comunicado” da Associação Nacional de Farmácias hoje publicada na imprensa diária (No “Público” com o destaque de meia página paga como “publicidade”)

(*) - Que fique bem claro. Este ponto de interrogação seguido de um outro de admiração não constam do comunicado. Sáo apenas da minha autoria...

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