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02 outubro 2007

Os Livros de Despedida - 1958

O Curso de 1957/58

A Fotografia

Alunos e Professores do 7ºAno em 1957/58

Numa fotografia muito deficiente conseguimos identificar os Professores:
Maria Sofia Guimarães, Maria Amália Furtado, José Nunes Parro, António Carriço, Joaquim Lopes Dias, Ludovina Barroso, o padre José Alves e o Reitor Sebastião Morão.

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A Fotografia 25 Anos depois...

Esta fotografia foi tirada em Maio de 1983 quando o Curso comemorou
as Bodas de Prata, em Castelo Branco.
Identificámos as Professoras D.Ludovina Barroso, D.Arlete, D.Maria José Sequeira e os professores João Carlos Cerqueira, lá atrás à direita, e o Padre José Alves todo "catita", na primeira fila com um visual bem mais de acordo com os tempos modernos… Onde quer que se encontre agora, ele há-de sorrir ao “ver” esta legenda!
Estão presentes, lá na última fila, os funcionários sr.José Carrondo e sr. Rolão.
Quanto aos alunos, reconhecemos o Ernesto Lobo, o Diamantino André, o Vítor Ambrósio, o Júlio Geirinhas, a Maria Irene Proença, a Maria Manuela Conde, a Zeca Carvalhão, a Maria Emília Azevedo e mais algumas caras que conheço mas já não identifico.

A capa do Livro de Despedida

O poeta que mais "debitou" parece ter sido o José Manuel Infante, mas o Ernesto Pinto Lobo e a Maria Irene Proença também deixaram uns versos para a posteridade...
O caricaturista "de serviço" foi sem dúvida o Lopes da Conceição... um Homem do Estreito tem de ser bom em tudo! Já o irmão Armando, que eu conheci mais de perto, assim era... Também o Luís Grilo e o poeta J.Correia Tavares "assinaram o ponto" tendo o Luís feito as caricaturas da Zeca Carvalhão, da Maria Irene, do Júlio Geirinhas e do Victor Ambrósio e o poeta, a do Diamantino André.

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Judite Dória Cortesão

Bem quisera eu pintar-te,
Querida sobrinha Judite,
Sem errar-te uma virtude,
Nem te faltar com um tique.

Trata-se de uma menina
Concentrada e distraída,
Com gestos de indolência
E um rosto cheio de vida.

Foi o tio amigo João quem "pintou" estas quadras à Judite.

Durante um ou dois anos ( ? ), talvez já depois da Revolução de Abril, a Judite Cortesão passou pelo Liceu de Setúbal onde deu aulas de Português(?)…

A Judite com o Pai, Dr.Ivo de Cortesão, em 3 de Maio de 1996
nas Comemorações do 50ºAniversário do Edifício do Liceu.
O Dr.Ivo de Cortesão foi (é!...) um "monstro sagrado" do Liceu Nun'Álvares... um exemplo de verticalidade e civismo para muitas gerações de alunos que passaram por Castelo Branco

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Maria José Gomes Carvalhão

“Nem só de pão vive o homem!”
Diz-se com certo teor
“É verdade!” afirmas tu,
“Também se vive d’amor…”

Agora para terminar
Se t’arreliei, peço perdão,
Quero-te ainda desejar
Que embarques no “Galeão”

Foi a Maria Irene Proença quem fez estes versos à que era, então, a sua "futura cunhada"… Em parte, eu assisti no Porto ao “naufrágio”, nesta “viagem do Galeão”…
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A Zeca Carvalhão e a Maria Irene Bravo(Mota Campos)
em 1 de Maio de 1982, no Hotel Altis

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Maria Manuela Conde



Mais alta que a torre “Eiffel”
A morena Manuela,
Não aprecia a dança lenta
Ui!... Que maçada, diz ela!...
E é o caso, que só gosta do estouvado
Lá do Rock, apressado,
A Manuela!!...
.....................C.F.Falcão

Com que então, finalista!
Quem tal diria! Sim senhora!
Ainda ontem um bébé
Hoje quase uma doutora.

Deus te conduza e guie, filha,
Nos caminhos árduos da vida,
Ama a verdade e a luz,
A Luz das coisas simples, q’rida.
........................Teus Pais

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Maria Regina Antunes Bártolo

Falai-lhe de livros
E vereis o amor que lhes tem
A música e as canções
Muito a deleitam também.

Mas não julguem que não é
Uma aluna inteligente
Apesar de, como se sabe,
Ser só um palmo de gente.
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Ernesto Pinto LoboMeninas: se ouvirem
Um lindo cantar
Que dum doce sonho
As faz despertar…

Que é do Ernesto
Está mais que provado,
Que lembra a cantar
O tempo passado,

Em que na Avenida
Toda à média luz
Ele a voz erguia
Por alguém… Jesus!...

E pronto! Acabei,
Já não corto nada
Desejo-lhe amor
E sorte invejada…!

Foi a colega Gabriela quem lhe desejou esta sorte!...
Que ele não teve…
A sua “presença” ainda hoje faz falta à nossa cidade


A Manuela chamava-lhe “o Rouxinol da léria”. De brincadeira…

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Carlos Alberto da Fonseca Franco Falcão


Ao tombar de uma tarde nevoenta,
P’la rua desértica, lamacenta,
Caminhava uma sombra, um só vulto…
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Luís Gonzaga das Neves e Silva Pereira


O Gonzaga… não o conhecem?
Nunca vi rapaz assim.
Quando se começa a rir… nas aulas
Temos festa até ao fim,

Joga bem o futebol,
No “volley” é campeão;
Só no bilhar. Coitadinho,
Apanha cada lição…

Mais inteligente que aplicado
Bom em Latim e Alemão…

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Maria Emília do Rosário Azevedo

A Senhora Dona Mana…
Será capaz de dizer:
(Ou será confidencial
O que nós queremos saber?...)
Menina encantadora…
Meiga e sentimental,
Dar-nos-á uma doutora,
Ou nela iremos ter
Assistente Social?...
………….Miguida e Manézé

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Maria Irene Galião Proença



Quando virem uma rapariga a gritar, muito alto, no corredor:
-- Fui agora chamada; se visses o “estiquete” que dei!...
Ou então ainda, a lamentar-se, cheia de pavor:
--Ai exercício! Que é isso?... Não sei!
Meter p’la sala dentro, a correr
Ou puxar-me por um braço
--… Coisa p’ra te dizer!...
Então podem arriscar
Sem perder:
--Irene.
Com um beijo da amiga
Judite Cortesão

A Irene Proença em 27 de Maio de 2005, em Castelo Branco

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Diamantino André



Diamantino André, em 27 de Maio de 2005

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Helder Laia

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Júlio Miguel de Matos Geirinhas

Em Alpedrinha se enamorou
Por alguém, podem crer,
Que é bonita a valer.
Uma piscina foi cenário d’amor
De ternas promessas,
De tamanho fervor…


Júlio Geirinhas, em 17 de Março de 2007


O Geirinhas, em 30 de Dezembro de 1952, viu connosco o nevão que, nessa noite, caíu em Castelo Branco. Estão presentes o Rui de Oliveira Costa, o jjmatos, o José Fernando Proença de Almeida, o António José Pires Antunes, o Júlio Geirinhas e um "puto desconhecido".

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Em 15 de Agosto de 1954, na piscina de Alpedrinha.
Quem era a "bonitona" que levaste à certa
neste "cenário" magnífico, do Dr.Sá Pereira?!

Em Alpedrinha, junto da Fonte da Fome. O Geirinhas, com o jjmatos e o Luís Grilo, regressa ao acampamento, no Anjo da Guarda... Que ricas férias!!..
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Victor Manuel da Cruz Ambrósio

Magro e sempre acelerado,
Quem ao longe o vê passar
Dirá: é o Victor Ambrósio
Sem nem sequer duvidar.

Deita a cabeça p’ra traz
Atira as pernas e braços
Com tanta força, ao andar,
Que faz lembrar o “Travassos”

Mas tanto este como o Victor
São dois óptimos jogadores,
Um, no futebol nacional
O outro… no de amadores.
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João Lopes Henriques da Conceição

O caricaturista do Estreito!

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