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14 junho 2007

Augusto Gil (1873- 1929)

Quando as andorinhas partiam

Boca talhada em milagrosas linhas,
A luz aumenta com o seu falar.

Esta manhã, um bando de andorinhas
Ia-se embora, atravessava o mar.

Chegou-lhes às alturas, pela aragem,
Um adeus suave que ela lhes dissera,

- E suspenderam todas a viagem,
Julgando que voltara a Primavera…

In “Luar de Janeiro


“…como artista, Augusto Gil foi um cultor helénico da forma e da beleza pura;
como poeta, um amoroso dos temas simples, naturais e humanos;

como homem, a personificação da modéstia e paradigma da bondade humilde e cristã…”
Ladislau Patrício.

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