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30 novembro 2006

Um Carnaval no Clube Setubalense - 2

Ainda o Carnaval de 1981

28 de Fevereiro

Um grupo de mascaradas

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Um grupo de alunos do 12ºAno

Da esquerda para a direita: a Ana Luisa Trindade dos Anjos, a Anabela Correia, o Joaquim Fernando Calado, o José Domingos Rodrigues e a Ana Luisa Alves

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A Anabela Gomes Correia - 12ºA nº5


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A Ana Luisa da Silva Alves - 12ºA nº3


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O José Mário Mourinho Félix (12ºE - nº11) e a Teresa Andrade Soudo


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A Odília Catalão (6ºC - nº25 em 1969) com o marido




Um grande grupo com muita gente conhecida.

Divirtam-se a descobrir quem são!...

E se alguém se quiser dar ao incómodo, eu ficaria grato se pudessem dizer-me o nome destes figurões todos.

Um Carnaval no Clube Setubalense - 1

Foi há 25 anos!!!

No Clube Setubalense

em 28 de Fevereiro de 1981, num Sábado de Carnaval

Um grupo de foliões divertiu-se à sua maneira.

Provavelmente ainda se lembram desta noite bem passada.

Quem eram os foliões?

E se me ajudassem a identificar estes jovens?! Não seria uma boa ideia?

Folião nº1. Quem é?



Folião nº2



Folião nº3




Folião nº4



Folião nº5




Folião nº6




Folião nº 7



Uma bela foto da Dona Edite do Rosário

Os meus heróis da BD - 3



Em 21 de Agosto de 1995 a notícia corria mundo:
Morreu Hugo Pratt


Hugo Pratt


O conhecido desenhador e escritor italiano Hugo Pratt, criador do personagem de banda desenhada Corto Maltese, morreu ontem com 68 anos, numa clínica próxima de Lausanne, Suiça, anunciaram os familiares do autor.
Nascido em Rimini em 1927, Pratt passou a infância na Etiópia e viveu quatro anos na Argentina. Foram anos loucos, o tango, a ditadura política peronista e paixões intensas.
Viajante incansável, Hugo Pratt tinha por hábito apontar no seus cadernos de viagem, rascunhos e croquis que mais tarde aproveitava para os seus desenhos.
Em 1945, Pratt publicou o seu primeiro livro de banda desenhada "L'As de Pique".
Mas foi sobretudo com o seu herói Corto Maltese, editado em 1967 na revista italiana "Sgt. Kirk" com o título "Uma Balada do Mar Salgado" (ed. Bertrand) que este talentoso autor conheceu a celebridade.

Pratt que não incluiu Portugal nos percursos de Corto Maltese,
disse em entrevista ao PÚBLICO:
"É um belo país que continuo a gostar muito, onde conheci mulheres formidáveis e muito belas. (...) E depois há a música da viola, o fado.
Mas Portugal tornou-se um produto de 'postcard', de folclore."
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O traço de Hugo Pratt é inconfundível. Magistral de simplicidade no preto e branco como se pode apreciar no desenho seguinte, retirado de "Fábula de Veneza":


Corto Maltese é a grande figura saída do lápis de Hugo Pratt

Corto Maltese

São de José Manuel Castanheira as palavras que se seguem sobre

Corto Maltese:

"O que mais me fascina em Corto Maltese, de quem gosto muito, é a sua faceta de herói... anti-herói. Apesar da reserva com que todos os paralelismos devem ser olhados, ele é um (...) daqueles indivíduos que sentem ter uma missão, um papel a desempenhar na história. À boa maneira dos heróis, está sempre do lado dos “bons” e defende os valores mais nobres. Depois de interferir nas histórias, sai delas e segue para outra viagem. Por tudo isso, Corto Maltese é muito fascinante e representa algo de que estamos muito necessitados. Vale a pena referir também a dimensão romântica do herói, sempre com uma participação apaixonante nos acontecimentos. O que me entusiasma em Corto Maltese é uma certa costela anarquista “light”, pois é um personagem cioso da liberdade e de saber gozá-la, procurando para os outros o mesmo que quer para si, sem desprezo pelas coisas boas da vida, como a aventura, as mulheres ou as viagens."

Louise Brookszowic é uma das belas mulheres que se cruza na vida de Corto Maltese

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Mulheres, in Tango

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Eglantine, Ida e Duma Foá, in Fábula de Veneza

29 novembro 2006

Fernando Pessoa

O Menino da sua Mãe

No plaino abandonado
Que a morna brisa aquece
De balas trespassado
--Duas, de lado a lado—
Jaz morto e arrefece.

Raia-lhe a farda o sangue,
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue
E cego os céus perdidos.

Tão jovem! que jovem era!
(Agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
“O menino da sua mãe”.

Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
E boa a cigarreira,
Ele é que já não serve.

De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo
A brancura embainhada
De um lenço…Deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.

Lá longe, em casa, há a prece:
“Que volte cedo, e bem!”
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto e arrefece,
O menino da sua mãe.


Fernando Pessoa, 1926



”A MINHA PÁTRIA É A LÍNGUA PORTUGUESA”

Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em 1888 em Lisboa. Quando ainda a estudar na universidade, Pessoa começa a escrever poesia, usando o heterónimo Alberto Caeiro, e colabora não só com a revista «Orpheu», como com outros jornais nacionais e ingleses. Apenas teve um livro editado, apesar dos muitos artigos e crónicas e das várias traduções que fez. Morre em 1935, aos 47 anos, deixando para as gerações futuras uma mensagem cheia de significado.
Fonte: LUSOMÁTRIA

Finalista...do Jardim Escola!

Os alunos do Jardim Escola João de Deus
de Castelo Branco em 1941 - 1942
Um desafio!... Quem ajuda a identificar os restantes NN?

Primeira fila – Viveiro:

01 - NN
02 - Filho do Moura, contínuo do Liceu
03 – Filha de uma funcionária do Jardim-Escola
04 – João José Marques Vicente
05 – NN
06 – NN
07 – Maria Carolina Morão ( da Ourivesaria )
08 – Cartachinho
09 – NN
10 – José Correia Tavares ( Poeta )
11 – NN
12 – NN
13 – NN
14 – José Moura Nunes da Cruz ( Supremo Tribunal de Justiça )
15 – NN
16 - NN

Segunda fila – Primeira classe

01 – NN
02 – José Eduardo Paiva Morão
03 – NN
04 – NN
05 – Maria de Fátima Cardoso
06 – Pedro Feitor Pinto
07 – Maria de Lurdes Lopes Ferreira
08 – NN
09 – NN
10 – Gémeo Calrão 1
11 – Gémeo Calrão 2
12 – Tó Caio

3ªfila – Segunda classe

01 – NN
02 – NN
03 – NN
04 – NN
05 – Menicha Paiva Morão
06 – NN
07 – NN
08 – NN
09 – Maria da Piedade Lencastre
10 – NN
11 – Maria Angélica Salavisa Salazar – Gica
12 – NN
13 – Maria José Folgado Pereira (da Polida)
14 – NN

4ªfila – Terceira classe

01 – D.Maria Luísa Vaz Pinto (da Póvoa de Rio de Moinhos)
02 – Maria Filomena Marques Vicente
03 – João José Mendes de Matos
04 – Maria José Duarte Oliveira Salavessa
05 – João Maria Serejo Goulão
06 – Maria de Fátima Feitor Pinto
07 – Luís Salvado
08 – Maria Isaura…
09 – D.Maria Amália Fevereiro
10 – Maria Julieta Chamiço Heitor
11 – Maria Da Conceição Sequeira Faria de Sousa
12 – Carlos Augusto Quintela Guerreiro Góis
13 – Maria Júlia Torres Peixoto
14 – Leonardo Nogueira
15 – D.Cremilde

28 novembro 2006

Observatório Astronómico da Ajuda

As últimas Sextas-Feiras do Mês

Palestras Públicas 2006
O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) retomou as suas Palestras públicas mensais, que como habitualmente têm lugar no Edifício Central, pelas 21h30 da última sexta-feira de cada mês.


O Prof. Rui Agostinho expõe, com o seu proverbial à vontade, para uma plateia interessada. Na primeira fila, à esquerda, o Senhor Director do Observatório Astronómico da Ajuda, Prof. Doutor Manuel Nunes Marques que teve sempre uma atitude simpática e prestável para com os elementos do Núcleo da Astronomia da Escola Secundária de Bocage ( Liceu de Setúbal )

Numa noite em que a chegada ao Observatório se atrasou, só tivemos lugar na última fila... em cima de uma mesa, no corredor circular. A Drª Sandra, a DrªMarina e a Drª Filomena acomodaram-se como puderam, tal como as três alunas entre as quais reconhecemos a Mariana Reynaud.




Já no final, na fase de perguntas e respostas, e já para lá da meia-noite, o Senhor Director Prof.Manuel Nunes Marques dá uma ajuda ao Conferente, Prof.Rui Agostinho,


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O Prof.Manuel Nunes Marques estudou em Castelo Branco nos anos-lectivos de 1951-52 e 1952-53 tendo ali feito o Curso Complementar dos Liceus.

Recordamos alguns momentos de um aluno que também ficou preso àquele Liceu... àquela Escola de Virtudes.

Manuel Marques em Castelo Branco
Em 14 de Março de 1953

No 7ºAno do Liceu

Uma Serenata em Castelo Branco

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A caricatura do Manuel Nunes Marques no Livro de Despedida dos alunos do 7ºAno do Liceu Nacional de Nun'Álvares, em Castelo Branco, em 1953

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O Prof.Doutor Manuel Nunes Marques, nas Comemorações dos 25 Anos do Curso Liceal
Em 24 de Junho de 1978

Na reunião dos 25 anos do Curso Liceal

Beira Baixa - Notícias de 1949

Algumas notícias da Beira Baixa em 1949

12 de Fevereiro
Título de 1ª Página
Às Urnas pelo Senhor Marechal Carmona
A Vitória é certa, mas há que ser imponente e esmagadora.
Os portugueses que sabem ser gratos votam todos em Carmona
O Marechal Carmona, símbolo do futuro português.

19 de Fevereiro
Eleição Presidencial
Percentagem no Distrito a favor do Marechal Carmona - 85,5 %


Em Castelo Branco -
6.027 eleitores

Marechal Carmona
5.413 votantes

Percentagem - 89%

General Norton de Matos
13 votantes
Percentagem - 0,2 %


2 de Abril
Nascimento
Deu à luz, no passado dia 24, uma menina, a srª D. Maria Tassiana Vaz Preto Abrunhosa, esposa do sr. Dr. João Caetano Abrunhosa.


30 de Abril
Inaugurações
Foi inaugurado o Bairro da Horta d'Alva.

30 DE Abril
Era Governador Civil o Dr. José de Carvalho
Era Presidente da Câmara o Dr. Augusto Duarte Beirão
Era Cónego do Cabido, o Revº José Dias


28 de Maio
Homenagem CTT
Por ter completado 40 anos de serviço no passado dia 21, foi homenageado o sr. Alexandre de Almeida Marques Maia, Chefe de Serviços dos CTT, de 2ªClasse, em serviço na Secretaria dos mesmos nesta cidade.

18 de Junho
Doentes
Em 28 de Maio, Maria do Carmo Gonçalves Ribeiro é operada ao apêndice pelo Dr. Alberto Trindade
e
Dr. José Lopes Dias - Em Lisboa, na Casa de Saúde da Palhavã, foi operado ao fígado com o melhor êxito, pelo prof. Dr. Gentil

9 de Julho
Sérgio dos Santos Alegre - cabeleireiro de senhoras participa às suas clientes que retomou a actividade no seu estabelecimento, na rua da Sé, nº21-1º - Te.26 Permanentes completas desde 30$00

23 de Julho
Anúncio
Comarca de Castelo Branco
Notificam-se os herdeiros de João Mateus Bártolo, condenado solidariamente com os restantes membros da Câmara, Dr. Augusto Duarte Beirão, Severino Martinho, Armindo Gonçalves Carvalhão, Martinho Dias Coutinho, Abílio Neves Tavares, Dr. João Folgado Frade Correia e Artur Domingos Ribeiro, a entrar no Cofre Municipal com a quantia de 2.000,00 acrescido dos respectivos juros de mora. Em 12 de Julho de 1949

23 de Julho
Tiro aos Pratos
João Tavares Carriço conquistou com brilhantismo o campeonato da Covilhã.

Poule de Abertura:
1º Filipe Juanico, com 20/20
2º Octávio Barata com 19/20

Campeonato da Covilhã:
1º João Tavares Carriço, com 30/30
2º José Fael, da Covilhã, com 28/30
3º Francisco Robalo Cardoso, com 28/30
4º Raul Fazendeiro, da Covilhã, com 28/30
5º Filipe Juanico, com 27/30
6º Octávio Barata, com 27/30

27 novembro 2006

Prof.Luís Archer

Os Professores de Biologia que deram aulas aos primeiros alunos matriculados no 12ºAno, receberam formação do Professor Luis Archer. Decorria o ano-lectivo de 1980 - 1981.



Luís Archer recebe hoje prémio Manuel Antunes


Distinção premeia pessoas que colocam em diálogo fé e cultura
O padre jesuíta Luís Archer, pioneiro da biogenética em Portugal, recebe hoje na Universidade Católica o Prémio de Cultura Manuel Antunes. Na lição que deverá proferir na ocasião, o primeiro presidente do Conselho Nacional de Ética irá defender que a tecnociência é "indispensável para o progresso das civilizações, mas não se pode tornar um absoluto".


Prof.Luís Archer

Em 1981, com uma antecedência de duas ou três semanas relativamento ao momento em que as matérias programáticas deveriam ser apresentadas aos alunos do novo Curso do 12ºAno, os dois professores de Setúbal destacados pelo Ministério para tal tarefa e um pequeno grupo de professores das Escolas de Lisboa onde iam apresentar-se os primeiros alunos do 12ºAno, resolveram fazer reuniões semanais para que pudessem ser discutidos os modos como deveriam ser apresentadas as rubricas do novo programa de Biologia.
Decorriam normal e alternadamente em Liceus de Lisboa. No Maria Amália, no Pedro Nunes. Também aqui em Setúbal decorreram alguns desses encontros.
As fotografias que se apresentam a seguir correspondem a uma dessas reuniões, desta vez realizada no Serviço Nacional de Ambulâncias, ali à Avenida de Roma, talvez por ser sábado e as Escolas estarem fechadas no fim de semana.
Nesse dia, em 8 de Fevereiro de 1981, o Prof.Luís Archer correspondeu ao nosso convite para vir falar sobre Genética, convite esse feito pelo nosso colega e Amigo, Padre Miguel Ponces de Carvalho que era professor no Pedro Nunes.

Luis Archer fala para os professores.O Miguel Ponces de Carvalho parece estar um pouco distraído com a fotografia...


Outro aspecto da aula dada pelo Padre Jesuíta Luís Archer

Luis Archer participou na criação do Laboratório de Genética Molecular do Instituto Gulbenkian da Ciência, vindo mais tarde a leccionar também na Universidade Nova de Lisboa. Voltaria a ser pioneiro, em matéria de bioética, tendo exercido o cargo de presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida entre 1996 e 2001. Já este ano, publicou o livro Da Genética à Bioética. O prémio de cultura, que leva o nome de outro jesuíta - Manuel Antunes foi professor da Faculdade de Letras de Lisboa e distinguiu-se pela sua vasta cultura humanista - foi instituído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, da Igreja Católica. Pretende distinguir pessoas que, na sua actividade, estabelecem diálogo entre a fé e a cultura. No ano passado, o poeta Fernando Echevarría foi o escolhido. O júri decidiu este ano escolher Luís Archer, caracterizando-o como homem de ciência e grande humanista. A cerimónia decorre, a partir das 11h30, na Universidade Católica, em Lisboa.

In' Público 27.11.2006

by António Marujo


Fernando Lopes-Graça - 27.Nov.1994

Faz hoje 12 anos que faleceu o maestro Fernando Lopes-Graça.

Fernando Lopes-Graça, nasceu em Tomar, a 17 de Dezembro de 1906 e foi uma figuras que muito marcou o panorama musical do séc. XX português. Desenvolveu uma intensa actividade cultural, artística, pedagógica e cívica.

Como compositor criou uma obra extensíssima que percorre quase todos os géneros musicais e que mereceu reconhecimento nacional e internacional ao longo da sua vida.

Fundou e dirigiu durante mais de 40 anos o Coro da Academia de Amadores de Música, para o qual escreveu centenas de arranjos de canções tradicionais, grande parte das quais recuperadas em colaboração com o etnólogo Michel Giacometti

Fernando Lopes-Graça com Dulce Cabrita e Michel Giacometti

O maestro Lopes-Graça tinha uma relação de amizade com a Mezzo-Soprano Dulce Cabrita, que era irmã do fotógrafo Augusto Cabrita com quem, na década de 70, tive muito bons momentos em redor da arte da fotografia, não apenas em actividades culturais relacionadas com a nossa cidade mas também na tertúlia da Filmarte, ainda no Chiado, no laboratório fotográfico do nosso comum e saudoso amigo António Paixão.

Foi com Dulce Cabrita que o maestro Lopes-Graça actuou no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal, na noite de 5 de Novembro de 1971, fêz há poucos dias 35 anos, acompanhando-a ao piano em obras da sua autoria.



Numa primeira parte, ouvimos obras suas que tocou a solo a terminar, depois de termos ouvido a voz inesquecível de Dulce Cabrita acompanhada ao piano pelo maestro, cantando "Quatro Sonetos de Camões", "O Menino de sua Mãe" de Fernando Pessoa e "Terra e Céu" de Carlos Oliveira.


A segunda parte do espectáculo foi iniciada com a obra "Sete pecinhas", do "Álbum do Jovem Pianista", inteiramente da responsabilidade de Lopes-Graça pianista, para logo a seguir ele próprio ter acompanhado ao piano a Dulce Cabrita numa série de canções integradas sob o título "Cantares do Mundo".

Três semanas mais tarde, em 26 de Novembro de 1971, fez ontem 35 anos, o maestro Lopes-Graça voltou a Setúbal, e de novo ao Salão Nobre dos Paços do Concelho mas, desta vez à frente do Coro da Academia dos Amadores de Música que dirigiu com muita segurança em Cantos Regionais Portugueses

O programa do 2ºConcerto, em 21 de Novembro de 1971

Maestro Fernando Lopes-Graça

A sua militância cívica e política na oposição ao Estado Novo, iniciada publicamente com a fundação em 1928 do jornal político-regionalista A Acção (Tomar) de que foi director com apenas 22 anos, valeram-lhe perseguições, prisões várias e um exílio temporário em Paris (1937-1939), impediram-no do exercício de funções docentes no Conservatório Nacional e, já nos anos cinquenta, do próprio exercício do ensino particular. A apresentação pelas orquestras nacionais das suas obras musicais foi, em várias ocasiões, interditada. Pelo vigor, a persistência e o alcance artístico e ético da sua acção multifacetada, Lopes-Graça tornou-se uma das grandes referências da cultura portuguesa.
Lopes-Graça morreu, na sua casa da Parede, em 27 de Novembro de 1994
.

26 novembro 2006

Quand il est mort le poete...


Morreu Mário Cesariny
1923 - 2006


O poeta surrealista morreu esta madrugada com 83 anos.

Nascido em Lisboa a 9 de Agosto de 1923, além de poeta, romancista e ensaísta, Mário Cesariny dedicou-se também às artes plásticas, sobretudo à pintura.
Estudou no Liceu Gil Vicente, frequentou o primeiro ano de Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e mudou depois para a Escola de Artes Decorativas António Arroio, tendo igualmente estudado música com o compositor Fernando Lopes Graça.

Durante o período em que viveu em Paris, em 1947, frequentou a Academia de La Grande Chaumire e foi na capital francesa que conheceu o fundador do movimento surrealista francês André Breton, cuja influência o levou a integrar no mesmo ano, embora à distância, o Grupo Surrealista de Lisboa, formado por António Pedro, José-Augusto França, Cândido Costa Pinto, Marcelino Vespeira, João Moniz Pereira e Alexandre O'Neill.
Quando terminaram as experiências colectivas do que foi quase "um movimento (mais ou menos) organizado" Cesariny prosseguiu sozinho, como fariam alguns dos seus outros companheiros que sobreviveram à aventura surrealista, com uma actividade inesgotável e orientada em várias direcções.



Transcrevemos três poemas de Mário Cesariny,
o primeiro dos quais
tem hoje uma actualidade notável...

Todos por um

A manhã está tão triste
que os poetas românticos de Lisboa
morrem todos com certeza

Santos
Mártires
e Heróis

Que mau tempo estará a fazer no Porto?
Manhã triste, pela certa.

Oxalá os poetas românticos do Porto
sejam compreensivos a ponto de deixarem
uma nesgazinha de cemitério florido
que é para os poetas românticos de Lisboa
não terem de recorrer à vala comum.



Em todas as ruas te encontro

Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco




Passagem dos elefantes

Elefantes na água optimistas à solta
optimistas à solta elefantes na árvore
elefantes na árvore optimistas na esquadra
optimistas na esquadra elefantes no ar
elefantes no ar optimistas em casa
optimistas em casa elefantes na esposa
elefantes na esposa optimistas no fumo
optimistas no fumo elefantes na ode
elefantes na ode optimistas na raiva
optimistas na raiva elefantes no parque
elefantes no parque optimistas na filha
optimistas na filha elefantes zangados
elefantes zangados optimistas na água
optimistas na água elefantes na árvore

Mário Cesariny




São de Cesariny as "notas" que se seguem:

"Eu acho que se se é surrealista, não é porque se pinta uma ave, ou um porco de pernas para o ar. É-se surrealista porque se é surrealista!"

"[o amor] É a única coisa que há para acreditar. O único contacto que temos com o sagrado. As igrejas apanharam o sagrado e fizeram dele uma coisa muito triste, quando não cruel. O amor é o que nos resta do sagrado."

"Sou um poeta bastante sofrível numa época em que o tecto está muito baixo."

As equipas Volei de Castelo Branco - 1949

No Jornal “Beira Baixa

7 de Maio
Mocidade Portuguesa
Nos Campeonatos Nacionais de Volei estão apurados os representantes provinciais:

Infantes
ISA - Instituto de Santo António
com Rolão Preto (cap.), Rapoula, Palmeiro, Pessoa, Cruz, Zé Manel e Lourenço.

Vanguardistas
Liceu Nacional de Nun'Álvares
que eliminou a Escola, o ISA e o campeão das Alas da Covilhã e Fundão
com Serafim (cap.), Cabarrão, Lopes Dias, Calrão, José Roseiro, Olímpio, Prata, Curto, Mário Roseiro , Patacas, Arménio e Preto Tomé.

Cadetes
O ISA - Instituto de Santo António
foi o vencedor indiscutível.
Eliminou a Escola, o Liceu e o representante do torneio Covilhã/Fundão.
Alinhou com Valeriano (cap.), Morão, Barreto, Martinho, Rolo, Venâncio, Rapoula, Raposo e Vitor Morão.

O Dr. António Carriço é o Dirigente.
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A Equipa de Vanguardista deslocou-se mais tarde a Viseu.
Aqui ficam algumas das fotografias obtidas nesse dia
=
Os Vanguardistas em Viseu
No 1ºplano: Afonso Prata, José Roseiro, José Carreto Curto e Rui Romãozinho
No 2ºplano: Raúl Cabarrão, António Serrasqueiro, NN e Mário Roseiro.
=
A equipa de Vanguardistas em Viseu
Na 1ªfila: Preto Tomé, Mário Roseiro, Arménio, Jorge Calrão, Afonso Prata e Carreto Curto
Na 2ªfila: Rui Romãozinho, Raúl Cabarrão, António Lopes Dias, José Roseiro, Olímpio Matos e Patacas Fraqueira(com farda)
Na 3ªfila: António Serrasqueiro, Dr.António Lobato Carriço e Serafim Duarte Cruz.
=
Vanguardistas em Viseu
À frente, fardados: António Martins Serrasqueiro e Rui Belo Romãozinho
Na 2ªfila: António Lopes Dias, Raúl Duarte Cabarrão, Serafim Duarte Cruz, Mário Roseiro, Afonso Mendes Prata e Arménio Fernando Gaspar.
Na 3ªfila: João Preto Tomé, António Patacas Fraqueira, José Roseiro Duarte, Olímpio Mendes de Matos, José Carreto Curto e Jorge Calrão.
=
O Dirigente Dr.António Lobato Carriço

==0==
.
e, por último, a forte Equipa de Cadetes do ISA
= Instituto de Santo António =

À frente: o dirigente Russinho, Martinho Candeias, Venâncio Leão, Valeriano Silva Pereira e Joaquim Raposo Em 2ºplano: Rolão Preto, Rolo, Barreto, Morão e NN dirigente.


25 novembro 2006

Um "Apontamento" de João Cândido da Silva

No Público de hoje, na sua coluna habitual, João Cândido da Silva delicia-nos com mais um breve apontamento do qual reproduzimos alguns excertos.


Numa sociedade civilizada, o poder é utilizado para criar e aplicar soluções. Em Portugal, o poder serve para arranjar problemas. Porque este pode ser um bom negócio.
Quem age assim é mesquinho, promove a burocracia que grassa no sector público e nas empresas privadas mas que muito lhe convém, está-se nas tintas para os outros, sejam eles clientes ou utilizadores de serviços pagos pelos impostos, e não hesita em chantagear e contrariar, nem que seja por pura satisfação pessoal. Esta gente está em todo o lado. Nas corporações que se agarram aos seus privilégios e direitos adquiridos para travar a mudança. Nos sindicatos que preferem o imobilismo dos instalados à abertura que pode criar oportunidades para quem está fora do mercado de trabalho. Nos balcões dos serviços privados e nas repartições do Estado, onde os medíocres têm os seus momentos de glória quando sentem que do lado de lá está alguém em posição frágil e que pode ser beneficiado ou prejudicado através de uma pequena decisão. Estão no Governo, nas assessorias de imprensa, distribuindo informação e uma peculiar justiça de acordo com a avaliação que fazem sobre o bom ou mau comportamento dos órgãos de informação.
A esta praga que pode ser detectada em todo lado, por todo o país, pode chamar-se a síndrome do porteiro da discoteca. O homem que se planta à entrada do estabelecimento não é dono, não é investidor, não é credor. Mas é ele que manda. É ele que decide quem entra e terá direito a divertir-se e quem fica cá fora, deserdado do destino, apenas porque sim ou porque não. É neste ambiente que a corrupção alastra. Uma gorjeta choruda, discretamente passada para a mão do porteiro da discoteca, é o suficiente para mudar os seus humores. Um favor ou um frete também servem para ajudar a abrir portas. Há quem alinhe e há quem prefira tentar a sua sorte noutro lado, porque toda a prática instituída é repugnante. Mas aos porteiros da discoteca é difícil escapar. Tropeça-se neles no Estado central, nas autarquias, no sector privado. Poder, subserviência e corrupção. A trindade que guia a vida do porteiro da discoteca reúne aquilo que é essencial para explicar por que motivo Portugal é um país gravemente doente.

Os meus alunos

Mário Eduardo do Nascimento Fráguas

Em Outubro de 1960 - nº34 - 5ºA

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Em Outubro de 2006



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Décia Cêrcas de Jesus

Em Outubro de 1960 - nº3 - 5ºB


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Em Outubro de 2006



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Ricardo Jorge Reynaud da Silva

Em Outubro de 1959 - nº11 - 4ºC

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Em Outubro de 2006




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Vitorino Muge Gomes Pinto

Em Outubro de 1959 - nº40 - 3ºA


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Em Outubro de 2006